ރ Naeg Quests ރ Akira no Ryuu ރ

Nome: Pichações Misteriosas.
Rank: D.
Descrição: Pichações estão a aparecer misteriosamente em muros na cidade de Crocus. Sua missão é descobrir o responsável por tal vandalismo, assim como detê-lo de uma vez por todas.
Recompensa: 2.000 Jewels.

Finalmente tinha chegado em Crocus, após uma grande viagem de trem eu quase me arrependi de não ter seguido o conselho da Mestra de não aceitar uma missão tão longe, principalmente quando essa era a minha primeira missão!!!

Olhei para o papel, ele dizia que certas pichações estavam acontecendo na cidade mas não dizia exatamente aonde, e nem com quem eu deveria falar. Então a primeira coisa que fiz foi me dirigir à prefeitura para pedir informações... Caminhei por uma pequena rua de pedra e bem cuidada, cheia de mercadores, senhores e crianças! Parecia uma cidade movimentada o que não era exatamente algo que me agradava... Mas não me incomodei, em minutos eu já estava de cara com o prédio de dois andares e azul da prefeitura. Entrei ali e o lugar estava praticamente cheio eram pessoas de vários os tipos ocupando os bancos e mais outras de pé por causa da falta de atendimento. Parecia ter apenas uma simples secretária que atendia o telefone milhares de vezes e tentava atender ao pessoal também...

Eu caminhei até ela enquanto ouvia várias reclamações vindo das pessoas "Picharam as paredes de minha casa essa noite, por que não fazem nada???" e comecei a ficar intrigado do por que de eles não denunciarem na delegacia ao invés de virem até a prefeitura, mas logo me ocorreu que talvez lá esteja ainda mais cheio que aqui.. Ao me aproximar da secretária eu conseguia ouvir ela conversando com um homem corpulento, ela parecia estar com medo mas tentava exercer seu trabalho embora estivesse óbvio que ela queria fugir dali.

— Graahh!! Eles picharam minha casa essa noite, me ofenderam!!!! E você ainda quer que eu fique calmo????? — Gritou o homem dando um soco forte na mesa da secretária, causando uma rachadura na madeira.

— S...Senhor... Nós já tentamos chamar magos mas... Até agora ninguém respondeu... Desculp.. — Ela falou com os olhos enchendo de lágrimas por trás dos óculos e a franja de seu cabelo loiro que cobria o olho direito, mas foi interrompida por mais um grito do brutamontes em sua frente.

— Ghraaaahh!! Já chega!!! Vou quebrar esse lugar inteiro até alguém tomar providências!!!!

Ele fechou o punho e ergueu o braço, pronto para desferir um soco na secretária que se encolheu aterrorizada... Naquela hora eu me meti em sua frente e coloquei a mão na frente de seu punho, parando o soco e começando a conversar.

— Acalme-se... Não há necessidade disso. — Após parar o seu soco ele recuou para trás enquanto eu virei o rosto, encarando com gentileza a moça assustada atrás de mim... — Olá, Senhorita... Posso ter uma conversa com o senhor prefeito?

— É que... Tem muita gente na frente e... — "Bumm" o brutamontes novamente interrompeu a garota, dando um grande chute na parede, fazendo ela soltar um pequeno gemido assustado e só então eu percebi que todas as outras pessoas na prefeitura olhavam para nós, eu não gostava disso...

— Eu estou aqui a duas Horas pirralho!!! Quem você pensa que é para vir aqui e tentar entrar na frente de todo mundo???

— Eu?... — Comecei a encará-lo, com frieza pois esse cara parecia não merecer ser tratado gentilmente. — Meu nome é Naeg Leahpar, sou um mago da Mermaid Heel... Vim aqui em uma missão. — Falei isso levantando a minha mão mostrando a marca da guilda, enquanto voltava a olhar para a secretária.. — Então... Senhorita, posso conversar com o prefeito??..

Após esse vexame, ela me acompanhou por um pequeno corredor que dava em uma escada... Ela parecia aliviada de sair daquele lugar, e ao subir as escadas, ela parou um pouco nervosa e começou a conversar comigo. Ela disse que o prefeito e o delegado estavam de viagem, mas não avisaram ninguém... Ela teve que pedir ajuda para os magos de todas as guildas possíveis mas nenhuma pareceu aceitar, até agora... Conversamos por cerca de 5 minutos até que ouvimos passos e mais passos de pessoas saindo do prédio, concluí que talvez fosse porque finalmente um mago havia chego para completar esse trabalho.

Depois de mais algum tempo conversando ela se acalmou, e me deu as informações que eu precisava... O Pichador só agia de noite e de acordo com rumores, uma testemunha falou que ele tinha cabelos brancos e parecia uma criança. E por fim, eu sai do recinto e caminhei para as ruas esperando anoitecer...

Quando o sol finalmente se pôs, eu podia ver as luzes das casas se apagando aos poucos, até que a cidade inteira ficou apenas com a iluminação dos postes. Comecei a caminhar enquanto lembrava que talvez eu tivesse deixado Kuroi, meu gato, sem ração na guilda... Torcia para que a mestra alimentasse ele. Após alguns minutos andando eu virei uma esquina, e dei de cara com um garoto de cabelos brancos e um manto preto que cobria o seu corpo pichando as paredes... Assim que ele me viu, começou a correr e eu corri atrás dele!

O garoto entrou em uma curva na direita, e mais outra na esquerda, só que ele era mais ágil que eu!!!  Até que ele entrou no meio de duas casas, e quando entrei lá também eu vi o garoto encarando uma parede de 10 metros de altura... Indicando que ele estava encurralado.

— Droga!! Vocês magos são realmente irritantes... — Ele começou a falar enquanto eu esperava alguma possível ação dele, antes de fazer qualquer ataque. — Vivem se achando com seus poderes super fortes enquanto as pessoas normais apenas sofrem com os preços caros que vocês cobram por suas missões... Meu pai foi morto por um mago sabia? HAHAHA... Um mago dessa cidade. — Ele começou a falar essas coisas de sua vida de uma hora pra outra, possivelmente estava me enrolando. — Mas, eu também me tornei um mago... Não um muito forte, mas, sou forte o suficiente a noite!!! — Ele tirou o manto revelando um corpo frágil, cheio de círculos mágicos tatuados desde o braço até o pescoço. Talvez tivesse mais algo por baixo das calças e da camiseta... Mas logo, ele começou a falar. — Shadow Magic: Black Dome!!! HAHAHA... Eu sou um mago fraco, mas não há diferença entre eu e você!!!

Ele fez um círculo mágico aparecer debaixo de meus pés enquanto uma cúpula negra começou a me rodear... Logo as sombras dentro da cúpula começaram a apertar meu corpo e impedir a minha respiração.. Só que, tudo que me veio na mente, foi pena... Esse garoto provavelmente era um vândalo, mas também parecia ter algum objetivo em sua vida... Era uma pena para mim acabar com esse objetivo.

— Minhas sombras... São muito mais negras... — Ao falar isso eu comecei a "respirar" pela boca, fazendo as sombras serem atraídas pelos meus lábios e por fim, comecei a devorá-las... Após alguns segundos todas as sombras da cúpula haviam sido devoradas por mim, e eu podia ver a feição de medo do garoto. — Essa é a diferença entre eu e você.. — Corri na direção dele sacando minha espada e desferi um rápido golpe com o cabo dela na têmpora direita dele, fazendo a criança desmaiar...

Depois eu levei o garoto até a prefeitura, e lá encontrei a secretária do prefeito e o delegado conversando... Contei para eles a história e entreguei o pichador para eles!! Finalmente eu recebi minha recompensa, e me despedi da senhorita de óculos...

Nome: Escolta.
Rank: D.
Descrição: Nessa missão, você deverá escoltar um grupo de mercadores que precisam atravessar um caminho repleto de bandidos que adoram atacar os que ousam passar por ali. Mantenha o grupo de quatro mercadores em segurança.
Recompensa: 2.000 Jewels.

Fazia um tempo desde que eu já não asia da guilda, Kuroi meu gato estava brincando de arranhar as paredes da taberna... Provavelmente a mestra iria me matar mas, eu não iria me sentir muito bem se parasse a diversão do meu melhor amigo. Então fui até o quadro de missões e peguei um papel que me chamou a atenção!! Decidi ir até o local indicado e encontrar com os clientes.

Até que foi perto, eu cheguei em uma espécie de feira e comecei a perguntar sobre as pessoas que pediram ajuda na guilda e em alguns minutos eu encontrei eles. Eram um grupo de quatro mercadores, um deles, o mais velho parecia ter sido aquele que convocou ajuda, os outros três estavam carregando várias e várias coisas em imensas sacolas.

— Hehehe — Riu o mercador mais velho. — Finalmente um mago se propôs a ajudar!!... Vou explicar o problema...

Ele começou uma longa conversa sobre as vendas nessa área estava se tornando ruim, devido ao numero de concorrentes. Então eles decidiram ir para uma cidade vizinha mas para chegar lá é necessário atravessar uma ponte, essa ponte é conhecida pelo número de assaltos e até mesmo assassinatos que acontecem lá. Mesmo policiais haviam ido investigar e voltaram muitas vezes sem nada, ou até mesmo, não voltaram...

Aceitei escoltá-los e logo nós começamos a caminhar na direção que eles estavam indicando. O velho carregava uma mochila verde enquanto os outros três carregavam uma carroça cheia de coisas a partir da força bruta... Chegava a dar pena, mas eu decidi não interferir. Quando chegamos na ponte eu logo me impressionei, pois era intrigante que um lugar tão belo tivesse uma má fama tão grande por causa de simples ladrões. Para alcançar a ponte era necessário atravessar uma floresta de árvores frutíferas variadas... E na trilha reta que havia em meio à floresta, elas pareciam embelezar o local, principalmente quando se chegava na ponte branca e grande que parecia ter cerca de 10 metros de largura e mais 50 metros de uma ponta para outra. Dando para outra floresta...

O mercador velho foi o primeiro a se aproximar da ponte, e ele estava apreensivo, era óbvio que tinha medo do que poderia acontecer ao tentar passar mas assim que botou o primeiro pé na ponte, ele respirou fundo e se acalmou... Mas quando ele menos esperava, do outro lado da ponte. 10 homens vinham correndo em alta velocidade armados com facas, lanças e até mesmo espadas... Eles vestiam roupas velhas e vinham gritando. Era óbvio que eram apenas humanos comuns mas estavam em grande número e dessa forma, com certeza quase ninguém escaparia sozinho...

Corri até a ponte e com um puxão no ombro eu afastei o velho para trás, enquanto os 10 homens corriam pela ponte eu coloquei minha mão direita na minha espada e a desembainhei, fazendo um breve movimento para que sua corrente se enrolasse ao redor do meu braço impedindo que minha espada caísse no chão em meio à luta. Após fazer isso, eu me coloquei em posição de batalha com os joelhos meio-dobrados e o braço direito horizontalmente na minha frente.

Quando os 10 homens estavam próximos o suficiente eu comecei a correr também!! Eram bastante e por isso eu decido começar de forma bem chamativa, para desviar a atenção deles com os mercadores. Enquanto ouvia gritos do tipo "Matem-nos!!!" eu corri na direção de um dos homens que estava mais no meio da ponte, por meu corpo pequeno e minha aparência infantil eu com certeza chamaria atenção e faria com que eles me subestimassem. Mas não era o suficiente... Ao me aproximar do meu alvo, eu girei meu corpo desferindo um golpe horizontal pela esquerda com a espada parando atrás dos 10 homens... Logo ouvindo o "Sfiiisss" de sangue jorrando enquanto que cortei dele, atingia o chão...

— Ghraaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! — Ele grita enquanto inunda a ponte com uma poça de sangue... Eu consegui, agora os outros 9 viraram sua atenção para mim.

3 foram socorrer seu companheiro que gritava enquanto os outros vinham em menor número em minha direção...

— Tolos... — Eu sussurrei para mim mesmo enquanto eu aguardava o ataque deles.

Ao se aproximarem eu me aproveitei do meu corpo pequeno e derrapei por baixo das pernas de um dos homens, enquanto derrapava eu ataquei com a espada o joelho do alvo, cortando dessa vez, a perna de um dos outros adversários que gerou mais gritos e mais sangue enquanto ele caia chorando, mas por sorte eu já havia me levantado e me afastado, sendo assim não sujei minhas roupas... Ok, faltavam 8. Em meio ao caos eu ficava imaginando o que se passava pela cabeça desses bandidos... 3 estavam socorrendo um amigo caído, dois estavam sem membros como perna e braço, e os outros 5 estavam parados me encarando. Eles estavam agrupados em um montinho... Estavam muito próximos talvez pensando que assim eles conseguiriam me ferir melhor, mas estavam tão agrupados que ao todo não ocupavam mais do que 1,9m de espaço... Hahaha!!! Concentrei poder mágico nos pulmões, podia sentir as sombras se agrupando fortemente em meu corpo prontas para explodirem...

— Eiryū no... — Me preparei para disparar enquanto assistia a expressão confusa deles... —  Hōkō!!!!!!!! (Rugido do Dragão das Sombras) —  E disparei uma rajada sombria de 2 metros de diâmetro na direção dos alvos, criando uma pequena explosão sombria ao atingi-los e jogando seus corpos desmaiados para o outro lado da ponte.

Depois disso, apenas virei para trás e encarei os 3 adversários restantes que estavam tremendo de medo... Eles largaram suas armas e começaram a correr.... Embainhei minha espada e fui até os mercadores, conversei com o mais velho e o escoltei até a outra cidade. No meio da viagem, depois disso, ele me olhou de outra forma... Ele me olhou com uma expressão amedrontada mas no fim de tudo me entregou a recompensa, me despedi dos quatro mercadores e voltei a caminhar em direção à minha guilda....

Magia Usada:

Nome: Gangues locais juvenis.
Rank: C.
Descrição: Diversos furtos e atos de vandalismo e violência estão sendo registrados na cidade de nossa Guilda. Dizem que é devido a um grupo de jovens malfeitores que vivem no sistema de esgoto. Sua missão é detê-los, entregando-os para a polícia local.
Recompensa: 4.000 Jewels.

Desde minha entrada na guilda eu não tinha exatamente me tornado um grande mago, mas eu esperava estar no caminho certo... Só que como um bom demônio, eu não tinha uma paciência muito "amável" e acabei me empolgando demais... Fui para o Quadro de missões e lá estava, uma missão Rank C. De acordo com o pedido, uma gangue estava causando tumultos na cidade da guilda, por sorte era logo aqui, pena que a única pista era o esgoto... A recompensa era um pouco mais gorda que as missões Rank D e por isso eu me animei!!!

Dei comida para Kuroi e deixei ele descansando na guilda, como sempre faço. Caminhei para fora e comecei a procurar uma entrada para o subterrâneo fedido da cidade até que infelizmente eu encontrei.. Uma tampa metálica circular e enferrujada que cobria um buraco em meio ao beco que tinha entre a guilda e um prédio vizinho. Tomei coragem e tentei puxar a tampa, ela não parecia tão pesada quanto todos falavam que uma tampa de esgoto era e por isso eu levantem em poucos segundos sem dificuldade!! A tampa dava para uma escada metálica, enferrujada e cheia de musgos estranhos. Respirei fundo pela última vez o ar puro e dei um pulo dentro do buraco, sem nem mesmo descer pela escada.

Pensei que teria a sorte de me machucar caindo num chão de concreto e quebrar a perna mas, acabei caindo em uma água verde que ia até minha cintura e amorteceu a queda me deixando são e salvo!! Maldito Azar!!

Aquele lugar era horrível, ele fedia a tantas coisas horríveis que a cada segundo meu estômago dava uma reviravoltas enormes, parecendo que estava tendo uma espécie de redemoinho dentro da minha barriga. Mas depois de uns minutos meu corpo se acostumou e comecei a explorar o esgoto... O lugar era incrivelmente grande, além de escuro. Parecia um labirinto em baixo da terra mil vezes mais fedido. Virei várias e várias curvas procurando por vândalos que se escondiam pelo esgoto e Nada!!! Até que tive uma brilhante ideia!!!!

— Ei!!!.. Senhores Ladrões, estão ai???... — Eu gritei como um idiota e minha voz ecoou pelo esgoto fazendo eu me sentir um completo inútil... Então, eu decidi ir embora daquele lugar e tomar logo um banho antes que eu me tornasse um fungo.

— Como achou nosso esconderijo???? — Uma criança aparece na minha frente gritando com um rosto raivoso. Perai, minha técnica funcionou???

Depois, atrás dele mais 5 crianças apareceram, eram todos meninos com estilos variados mas a água do esgoto chegava praticamente na altura de seus ombros!! Pareciam indignados com a idiotice do companheiro.. Um garoto de cabelos brancos e com rosto confiante se aproximou, tocou levemente o ombro do companheiro pedindo para ele voltar para um tal "Posto de segurança"... Depois disso o garoto me olhou com os braços cruzados.

— Você é um mago neh? Nós sabemos... Dragon Slayer Naeg, da Mermaid Heel!! Você já está famoso na cidade... Pequeno feiticeirinho.

— Eu?... Pequeno?... Já se olhou no espelho? Você é o único anão de jardim que bebe mamadeira com  — Eu respondi de forma calma, ele tinha a metade do meu tamanho, mesmo sendo o mais alto entre todos.. Mas parece que ele ficou com raiva por eu chamá-lo de pequeno...

— Quer saber? Você não devia estar aqui... Vá embora... — Ele gritou comigo, mas acredito que a criança sabia que eu jamais poderia sair de uma missão... — Você não vai neh?.... Ok... — Eu fiquei fitando ele em silêncio... — Só não vá se arrepender... Pessoal!!! Formação 4.

O grupinho de vândalos do esgoto mergulhou todo na água verde, desaparecendo enquanto eu olhava para todos os lados tentando achá-los! Mas era impossível... De repente "Puf" eu sinto uma dor enorme no joelho, como se eu tivesse levado uma pancada.... E algo me diz que eu realmente levei. "Puuff" de novo, e eu sinto a dor só que dessa vez, nas costas...

A voz das 6 crianças de esgoto começou a falar em uni-sono em baixo d'água, enquanto várias bolhas de ar entregavam a posição de cada um deles durante o tempo que falavam.. Era tão óbvio que chegava a ser ridículo.

— O reino das crianças está chegando, nós que dominaremos a humanidade... Nós seremos os reis e vocês adultos, aquilo que vem abaixo de rei!!...

— Sabe... Eu não sou adulto... E nem humano... Então na verdade eu não me importo nem um pouco com o plano de vocês... — "Silêncio...."De repente as crianças submergem resmungando coisas como "Ahh que sem graça." e tentavam se dispersar...  — Mas eu continuo sendo um mago da Mermaid Heel, e eu continuo tendo uma missão para cumprir... — Eu disse encarando eles com seriedade. — Vocês vem por bem... — Comecei a concentrar poder mágico ao redor do meu corpo, criando uma pequena aura de sombras para causar medo nas crianças... — Ou por mal...

Obviamente eles tentaram fugir mas, eu desembainhei minha espada e com o cabo dela eu corri na direção deles e acertei a têmpora do garoto que parecia ser o Líder... Os outros ficaram quietos e obedeceram. Depois disso, eu levei eles para a delegacia e pedi para o delegado chamar os pais desses garotos, e também uma psicóloga... A polícia local me pagou a recompensa e eu voltei para a guilda para tomar banho... Foi um sacrifício, principalmente quando Kuroi não reconhecia meu cheiro...

Nome: A cura Erval.
Rank: C.
Descrição: Uma senhora está doente de uma doença gravíssima. Na tentativa de ajudar, seu neto descobriu que a cura para tal enfermidade é uma erva que nasce no topo do Monte Hakobe. Sua missão é pegar tal planta, correndo o risco de encontrar bandidos que também desejam se apoderar do item.
Recompensa: 4.000 Jewels.

Peguei a folha no quadro de missões e logo me intriguei, a situação na qual as pessoas que requisitaram essa missão fez eu me sentir estranho, eu tinha uma espécie de instinto "protetor". Isso era ruim, eu protegia qualquer pessoa fosse ela amigo ou inimigo, ou até mesmo desconhecidos.

Na mesma hora eu peguei um trem para Hargeon e fui aceitar a tarefa. Ao chegar na cidade a primeira coisa que fiz foi pedir informação para o pessoal da cidade, procurei por quase todos os lugares até encontrar uma lojinha, era pequena e mal arrumada mas todas as informações úteis que eu havia coletado me traziam até aqui! Eu caminhei até aquele lugar e vi uma placa quebrada escrito "Loja de Ervas Mikoto". Entrei na porta de madeira velha e cheia de furos enquanto ouvia um barulho de sino que ficava próximo ao batente da entrada, indicando quando alguém entrava na loja...

No balcão era possível ver vários vasos de plantas estranhas derrubados, ervas e mais ervas de todos os tipos jogadas pelo chão e um barulho estranho vindo dos fundos.

— Estamos fechados, vá embora!!!! — Alguém gritou.

— Mas eu vim aqui porq...

— Não importa!!!!! Vá embora!!!! — Um garoto surgiu com raiva de uma porta na parte de trás da loja, ele tinha uma mochila enorme em suas costas e lágrimas no rosto.

— Já chega, Tanoshi, você não vai embora e pronto. — Falou uma voz cansada e rouca, parecia uma idosa.

— Mas vovó!! Seu eu não fizer isso você... Você....

— É melhor eu morrer do que você. Fique.

Eles pareciam estar me ignorando completamente o que era desconfortável. Mas de repente eu ouvi a voz da senhora ficar mais baixa, ela estava perguntando se tinha alguém ai... E o garoto se virou para mim.

— Eu já disse!! Estamos fechados.

— Mas... É que... Eu sou um mago e vim aqui pela missão. — Foi ótimo ver que no exato momento em que falei isso, os olhos do garoto trocaram de ódio e tristeza profunda para uma animação estranha.

— Mago!!!!???? É verdade????? Você não está brincando neh????? — Ele me perguntou e eu afirmei, mostrando a marca da guilda.

Ele entrou em euforia e ficou extremamente alegre começando a comemorar. Depois disso ele se acalmou e me levou para os fundos da loja, lá havia uma senhora de aparência frágil, sem cabelos e com a pele praticamente grudada no osso, sem carne alguma como se jamais tivesse se alimentado ou... Como se estivesse se decompondo. E realmente era isso, seu neto me avisou que sua avó foi para uma favela na vizinhança e pegou uma espécie de doença que nenhum médico conseguiu curar. Essa doença apodrece a carne por debaixo da pele causando muita dor e deteriorando os órgãos internos lentamente... A avó dele estava vivendo a base de ervas anestesiantes, e ele não tinha exatamente muito tempo com ela ao seu lado...

Ele decidiu comprar todos os livros sobre ervas raras na biblioteca da cidade e descobriu algo sobre uma erva que nascia no topo do monte Hakobe, mas ela era nascia apenas uma vez por ano e o garoto estava disposto a ir lá sozinho.. Só que por sorte eu cheguei.

Me levantei, e comecei a traçar caminho para o monte Hakobe. Por sorte eu sempre andava com roupas de verão e poderia ir para aquela montanha sem correr o risco de passar frio.

Chamei um taxi, e ele me levou até a base do monte, e o resto eu tive que subir sozinho. A nevasca era irritante, parecia que eu ia congelar a todo instante mas eu continuei subindo, houveram momentos nos quais eu precisei ficar escondido por alguns minutos numa caverna. Mas logo depois eu voltei a subir a montanha, até que finalmente eu cheguei no topo...

Era uma vastidão enorme e branca, uma nevasca forte impedia de ver muito longe mas no topo de um penhasco era possível ver, uma pequena e borrada mancha verde... A Erva estava ali!!! Corri até lá para pegar o item até que de repente eu ouço uma voz...

— Ei, pare ai!!! — Olhei para trás e vi um homem forte ao lado de dois companheiros armados com espadas grandes e pesadas, sorrindo arrogantemente enquanto se dirigia a mim.. — Essa erva é bem valiosa... Nós somos colecionadores e não podemos permitir que você peg-— No mesmo instante eu ativei minha magia Eiryū no Funka fazendo um pilar de sombras surgir abaixo dos pés dos 3 homens que estavam ali, jogando eles para o alto... Fazendo os mesmos caírem no chão desmaiados.

— Calem a boca!! — Eu rosnei para eles com ódio, não podia deixar aquela senhora morrer...

Peguei a erva e desci a montanha o mais rápido possível... Pular era mais rápido que escalar. Por isso em poucos minutos eu já estava no chão... Dessa vez não tinha taxi para me levar de volta por isso eu tive de ir correndo. Cheguei ofegante na frente da lojinha, e entreguei a erva para o garoto... Ele não me deu a recompensa na hora pois foi fabricar o remédio de sua avó primeiro... E depois entregou uma espécie de suco para ela beber, um suco esverdeado e escuro...

Logo depois ele suspirou aliviado enquanto buscou a recompensa para me entregar... Me despedi e sai da loja mas, assim que pisei la fora eu comecei a ouvir... "Vó.. Vó!!! Olhe para mim!!!! Ei!!!!!!!!!!!... Diga alguma coisa!!!!" e os gritos começaram a se tornar desesperados... E por um instante eu pensei em voltar e chorar. Mas continuei caminhando... Eu ainda tinha que me tornar forte, e nesse caminho... Não vou poder salvar todo mundo.