por Bennington' Qua Out 15, 2014 5:30 pm
I
"O Legado."
Em meio a aquela trilha tão obscura, ele andava solitário, na medida em que as gotas da chuva que ali predominava caíam sobre seu corpo, mais parecendo projéteis, de tão fortes. Seu semblante desprovido de qualquer expressão facial transmitia um sentimento vazio; era como se o tédio dominasse seu corpo já casado. A água da chuva escorria em seu torso, ensopando sua camisa branca de mangas longas, atingindo também a parte de seus membros inferiores, molhando o jeans azul que os recobria, terminando seu trajeto nos dedos desprovidos de qualquer calçado do homem. Algumas árvores perdiam suas folhas para os ventos que sopravam no local, arrancadas pela força do elemento da natureza, fazendo com que Bennington se lembrasse de seus amigos mortos no agora inexistente vilarejo, que fora um dia oculto na floresta de Magnólia. Consequentemente, ele recordou-se de seu passado árduo.
Desde que decidiu iniciar sua própria vida, o homem de cabelos escuros vem procurando um local onde possa residir, assim teria um local para onde retornar e descansar, quando terminasse seus serviços e treinamentos. Porém, a busca até agora continua sem sucesso. Ele apenas encontrava mais caminhos para percorrer, todos diferentes, cada um tendo sua marca única. Com certeza, a passagem que ele atualmente se encontrava ficaria em sua memória devido aos altíssimos índices pluviométricos.
Agora ele testemunhava uma cena de lealdade num galho de uma árvore qualquer; um pássaro, que aparentemente estava com uma de suas asas machucadas, recebe apoio de outro animal de sua espécie. Ele estava sendo levado pela chuva, conseguindo agarrar-se num cipó com seu bico para evitar o pior, enquanto o outro puxava o material com todas as suas forças. Tocado com a imagem que acabara de presenciar, Bennington sobpõe suas mãos, agora em uma forma de concha, abaixo do pássaro; o animal cai em seus membros, sendo colocado no local onde estaria seu ninho. Então, o mago saía dali, sendo acompanhado pelo olhar irracional dos pássaros, mas que poderiam ser compreendidos como um sinal de gratidão por aqueles que observavam a natureza nos mínimos detalhes.
Ben seguiu seu caminho, passando a mão em suas roupas, na tentativa de retirar o excesso de água presente em tais, mas de tolo, já que tudo era recomposto minutos depois. Num momento ele desistiu; sentou-se no chão, onde era presente uma grama molhada, que escondia os mais variados tipos de insetos que se protegiam da chuva. Curvou quatro dos dedos de sua mão direita, deixando apenas o indicador ereto; então, passou o membro levemente na terra, fazendo com que uma camada de lama recobrisse a ponta de tal. Ele observou atentamente a matéria, como um bobo no mundo da lua, mas depois se levantou e prosseguiu.
Naquele momento, ele havia percebido que não poderia parar por nada, pois nem os mais insignificantes animais desistiam quando o mundo caía sobre suas cabeças. Ele prosseguiu, até encontrar um prédio, que mais parecia um castelo dos contos de reis e da era medieval. Evidentemente, o local estava inabitado por completo, quem sabe uma oportunidade para Bennington efetuar sua instalação tão desejada? A euforia o consumia por dentro, mas ele reagia indiferente. Apenas adentrou o local, chegando agora ao centro do enorme salão.
── Orácion Seis, meu reinado supremo se inicia agora! ──Bennington':
HP: 50/50.
PM: 100/100.